Atividades Extracurriculares: até onde elas são uma opção?

O ano letivo já está a todo vapor e, com ele, começam as buscas por atividades extracurriculares para as crianças. Novos idiomas, esportes e até mesmo música são escolhas comuns quando se trata de preencher a agenda dos filhos. Mas até que ponto esses compromissos são benéficos para as crianças? Qual o limite aceitável para que essa intenção de diversão e de novos aprendizados não se transforme num verdadeiro estresse? Você sabe? O Festa na Floresta procurou saber e conta tudo para você nesse post. Confira!

Faz bem para as crianças a prática de atividades extracurriculares?

Utilizar parte do tempo livre para dedicar ao aprendizado de algo novo é muito bom para as crianças. Além da aquisição de novos conhecimentos, a inserção de atividades extracurriculares pode também ensinar sobre rotina e responsabilidade.

Entretanto, essa adição deve ser feita de forma equilibrada e não deve ocupar todo o tempo livre da criança. Afinal, toda criança precisa de tempo livre para brincar. Disso depende a qualidade do seu desenvolvimento, sendo parte essencial da infância esses momentos de descontração.

Como escolher que atividades as crianças farão?

A escolha das atividades extracurriculares começa pela percepção do nível de maturidade e desenvoltura que a criança tem naquele momento. Um bebê que acabou de completar um ano, por exemplo, não conseguirá tocar violino, mas possivelmente sairá bem na natação.

Importante nessa fase de escolha é verificar se a idade da criança é adequada para iniciar a atividade pretendida. Do contrário, dificilmente ela conseguirá absorver tudo o que precisa para crescer nesse novo conhecimento e se frustrará. Nesse caso, a frustração não tem nada de positivo, visto que é responsabilidade dos pais oferecer condições propícias de aprendizado.

Assim, ofereça à criança atividades que condizem com sua faixa etária e também com seu interesse. Crianças de até 6 anos de idade aceitam bem atividades mais lúdicas. Já as atividades que requerem maior dedicação (esporte e instrumentos musicais) devem ser deixadas para crianças acima dessa idade. Seja como for, converse com profissionais especializados de cada área para verificar esses limites.

Um outro ponto relevante é que a criança precisa se sentir feliz com tais atividades. Dessa forma, não obrigue a criança a uma atividade que ela não goste ou que seja uma vontade unicamente sua e não dela.

Há recomendação de periodicidade das atividades extracurriculares?

Se a criança estuda em meio período, o ideal é que ela tenha atividades extras de uma a duas vezes por semana. O restante do tempo deve ser canalizado para o estudo e brincadeiras. A moderação deve ser a palavra de ordem aqui.

Contudo, se a criança estuda em período integral, não se recomenda mais atividades no restante do tempo que lhe sobra. Nesses casos, a única demanda que precisa ser atendida é a necessidade de brincar. Seja com outras crianças no parquinho do bairro, seja em casa com os irmãos ou até mesmo sozinha, ela precisa se divertir.

Enfim, a opção pelas atividades extracurriculares vai depender de cada família e do cotidiano de cada criança. Mas, o que vale disso tudo é que a criança seja feliz, tendo a oportunidade de descobrir mais do mundo e de si mesma.

Então, antes de decidir encher a agenda das crianças de atividades, pare, observe, reflita. Os maiores beneficiários dessa escolha devem ser elas.

por Liliane Oliveira

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