Como está o aprendizado do seu filho?

Crianças aprendem a cada minuto, não importa onde estejam. Na escola, na mesa de jantar, enquanto brincam no parquinho, enquanto observam pela janela do carro, em todo o tempo elas absorvem conhecimento. Mas quanto desse conhecimento absorvido tem sido efetivamente fixado de forma a se tornar um conhecimento para a vida?

A “Pirâmide de Aprendizagem” de William Glasser (1925-2013), psiquiatra americano, indica que o grau de aprendizado está diretamente relacionado à forma utilizada de estudo. Quanto mais dinâmica for a forma de estudar, maior conteúdo será efetivamente fixado. Em sua pirâmide, Glasser atribui valores percentuais a algumas formas utilizadas no processo de aprendizado. Por exemplo, quando um indivíduo lê, ele fixa 10% do conteúdo lido; já quando ele vê e escuta, esse percentual aumenta para 50%. Quando o mesmo indivíduo interage com outros, através de uma conversa, ou até mesmo por praticar o conteúdo abordado, o índice de fixação chega a 80%. E o que é mais interessante na obra de William é a base da pirâmide… Cerca de 95% daquilo que se aprende é melhor fixado se o conteúdo adquirido é compartilhado. O famoso: ‘você aprende quando ensina’.

E o que isso pode ensinar? É simples… As crianças vão para a escola e lá recebem informações em grande escala sobre uma infinidade de coisas, mas grande parte desse conteúdo não é fixado enquanto estão ali. Por isso elas levam para casa diversos exercícios que muito ajudam nesse processo de fixação, que em média, garantem cerca de 50% de aproveitamento. Mas esse aproveitamento pode ser potencializado com a adoção de rotinas práticas, fáceis, com a ajuda dos pais e demais familiares. Confere aí!

Perguntar a criança como foi seu dia na escola é legal, mas se ao invés disso, ou além disso, ela for indagada sobre o que aprendeu e o quê de novidade aconteceu por lá, ela automaticamente acessará todo o arquivo do que foi visto no dia e começará a reproduzi-lo, promovendo a fixação do conteúdo. Tudo numa conversa simples que pode ser iniciada enquanto dentro do carro, no trajeto da escola para casa, por exemplo.

Pedir à ela que escreva sobre o que aprendeu, ou que faça um desenho ilustrando o conteúdo exposto em sala também é uma excelente pedida. Feito o resumo ou o desenho, pode-se pedir que ela o leia em voz alta ou que explique o que desenhou.

Uma outra forma de potencializar o aprendizado são os grupos de estudo. Reunir as crianças para fazer o dever de casa juntas, por exemplo. Além de divertida, essa é uma forma bem positiva, uma vez que elas começarão a aprender umas com as outras e ainda se desenvolverão socialmente. Não há melhor aproveitamento do que esse!

Enfim, essas são ações simples e que podem ser aplicadas no convívio familiar – não demandando gastos nem remanejamento da agenda da casa – garantindo aos pequenos um desenvolvimento ainda mais efetivo e aumentando suas chances de sucesso no futuro.

E você? Como contribui para que o aprendizado do seu filho seja ainda mais promissor?

por Liliane Oliveira

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