Todas as crianças do universo sentem medo em algum momento da vida. Seja do cachorro que passa na rua, do barulho de uma sirene, da sombra de uma árvore, até da própria sombra… Ambientes novos, pessoas desconhecidas também podem leva-las a sentir medo. E isso não é ruim. Ao contrário. E precisamos desmistificar isso já!!
Quando uma criança tem medo ela não está brincando, ela está sendo muito, muito realista e é nosso papel conduzi-la com todo o respeito de forma a ensiná-la como lidar com esse sentimento ao invés de ignorá-lo.
O primeiro passo para acertamos nessa empreitada é não sermos irracionais. Quando uma criança sente medo é irracional dizer a ela que não há motivo para sentí-lo. O melhor papel a desempenhar é dizer a ela que não há problema em sentir medo, que você entende o que ela está sentindo, e que ela pode contar com sua ajuda ou proteção diante disso.
Além do respeito pelo que ela sente, ela também precisa se sentir segura. Sem enredos que a convençam do contrário, sem ameaças, sem críticas… o que crianças que sentem medo precisam é de segurança. Esse é nosso papel. Protegê-las, fazê-las sentir seguras ainda que o monstro do armário esteja lá. Lembrando que protegê-las não significa evitar o medo.
O medo não é maléfico. Ele prepara nossos pequenos para reagirem diante das situações e dificuldades da vida. O medo também não é eterno. A medida que as crianças crescem, se desenvolvem, amadurecem, ele passa. Sendo assim, respeite o seu pequeno. Respeite o que ele está sentindo. O monstro no armário pode não ser real para você, mas é palpável para ele e só ele sabe o que se passa dentro dele ao sentir o frio na barriga. Apenas diga que sentir medo é normal, e independente do que aconteça, você estará com ele, mantendo-o seguro e protegido. Seja paciente. Isso vai passar. Simples assim.