Princípios do Slow Parenting

No post anterior o Festa na Floresta trouxe informações muito importantes sobre o movimento dos “pais sem pressa”. Então, na publicação de hoje serão apresentados os princípios do Slow Parenting – nome original desse movimento. Uma ótima oportunidade para os pais que querem aderir a esse movimento de desaceleração na educação de seus filhos.

Diferente do que se pensa, o movimento não prega o ‘fazer menos’ e sim o ‘fazer mais devagar’. Logo, significa que tudo pode ser feito desde que se respeite o tempo certo de cada criança aprender cada coisa. Ou seja, sem agendas superlotadas de atividades e aulas extracurriculares, sem cobranças exageradas de perfeição, sem pressão. A ideia dos princípios do Slow Parenting está ligada à qualidade do que é oferecido aos pequenos e não à quantidade. Então, vamos conferir?

Os princípios do Slow Parenting

Para aderir ao movimento Slow Parenting, a partir de seus princípios, os pais precisam, primeiramente, repensar sua rotina. Não adianta desacelerar a vida das crianças e manter sua agenda lotada de compromissos. Até porque, segundo o movimento, a qualidade de interação entre pais e filhos é vital para que tudo dê certo. E, já é sabido que a rotina dos pais reflete diretamente na vida dos filhos. Assim, o movimento dos “pais sem pressa” envolve toda a família. Confira abaixo alguns princípios do Slow Parenting e que podem ser aplicados a partir de hoje na sua rotina familiar.

Vá mais devagar

Configure sua rotina a fim de possibilitar pelo menos 1 hora diária sem tecnologia. Desligue as telas e desfrute desse momento para explorar e conversar com as crianças sobre o que elas quiserem. A indicação de 1 hora diária é apenas uma sugestão inicial, já que a vida hoje acontece em torno da tecnologia. Quanto maior o tempo longe das telas, melhor.

Priorize a criança quando estiver com ela. Isso significa não interromper o momento com ela para atender outras demandas (ligações de telefone, consulta do whatsapp, e-mail, etc). E enquanto está com ela, observe-a. Preste atenção em como ela se comporta, como reage às diversas situações a que é exposta. Perceba como o comportamento dela muda à medida que vai crescendo e adquirindo novas experiências. E o mais importante: curta cada momento com ela, ainda que seja curto.

Não projete na criança os seus sonhos e/ou frustrações. Deixe que ela externe o que ela realmente é, sem privações. Permita que ela alce seus próprios vôos, principalmente, se os interesses dela forem diferentes dos seus. Lembre-se: sua criança é única, portanto, tem interesses particulares que precisam ser respeitados e incentivados.

Criança precisa brincar

Garanta que seu filho possa brincar e, de preferência, em locais onde a exploração é possível. Permita que ele interaja com outras crianças, que brinque ao ar livre. Deixe que ele coloque os pés no chão e sinta as diversas textura: terra, grama, tapete e tantas outras.

Promova o ócio. Sim! Aqueles momentos que parecem tediosos em que a criança não tem nada para fazer são importantíssimos para o seu desenvolvimento. O ócio é excelente para a criatividade. Assim, separe um tempo para que ela descanse ou simplesmente fique ali, à toa, sem a intervenção de brinquedos e afins. E por falar em brinquedos, não exagere. Sua criança não precisa de uma infinidade de brinquedos. Mas, se for presentear, opte por brinquedos que ajudem no desenvolvimento criativo e motor da criança. Lembre-se: menos é sempre mais.

A primeira escola da criança é a sua casa. Os pais são os seus primeiros professores. Dessa forma, seja paciente ao ensinar e instruir seu filho. Portanto, ao invés de tentar ser amigo do seu filho, preocupe-se em ser pai e mãe dele. Desenvolva com afinco o seu papel. É disso que as crianças precisam.

Limites são necessários

Defina limites. Isso significa dizer ‘não’. A criança se sente mais protegida, amparada e segura quando os limites são claros para ela. Lembrando que a chave é o equilíbrio. Permissividade e autoritarismo são dois extremos que não devem ser praticados na educação do seu filho.

Incentive bons hábitos. Compreensão, respeito, honra e gratidão são atitudes que precisam ser ensinadas e aplicadas dentro e fora do ambiente familiar. Contudo, ao ensinar tais atitudes, seja o primeiro a dar o exemplo. A criança também aprende ao observar.

Com a aplicação de princípios simples, como os apresentados acima, sua criança terá a oportunidade de se desenvolver de forma mais saudável e feliz. E assim, poderá crescer e se estabelecer como um indivíduo consciente, cooperando para o bem estar individual e coletivo. Ganha a criança, ganha a família e a sociedade agradece.

por Liliane Oliveira

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